Procurando

sábado, 12 de dezembro de 2009

Este texto não precisa de título

Eu posso falar sobre isso, posso teorizar, posso (re)dizer formalmente. O engraçado é que eu começo a rir, a achar graça... lá vou eu ser excessiva de novo, eufórica como quase sempre.



A surpresa foi inevitável. Coisa boa que massageou meu ego. Li o texto mais de uma vez. O feedback precisava de mais calor e me coloquei a te escutar.



Discutimos rimas, métrica, forma, semântica... tão bom! Nós dois perdidos neste mundo das palavras. Você falava numa quantidade atípica. Nada disse... não ousei interromper o teu momento. E quanto mais dizia, mais as coisas iam tomando forma. Essas coisas todas que estão sendo desenhadas há alguns meses. Lembrei da nossa conversa, da nossa longa conversa do último domingo. E como uma epifania tudo foi fazendo sentido... sim! Você gosta da dúvida, gosta de ter o friozinho na barriga... faz questão disso na verdade, pois a partir do momento que começa a indagar as coisas é porque elas têm uma certa importância na tua vida. E você continua a falar, me dá conselhos, é cuidadoso ao usar as palavras... não quer me ferir, não quer ultrapassar os limites.



Eu continuo a me sentir lisonjeada. Você tem este dom de me surpreender e é isso que me fascina. Sete versos que me fizeram te decifrar. Depois você volta para teu silêncio observador, para a tua casca... mas eu sei o quanto eu vi, o quanto você se mostrou e a nossa conversa  "se fecha (sem euforia), como um todo que se fecha nesse instante de um gozo íntimo".

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