Procurando

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Menos quatorze graus

Acorda e percebe que esta manhã não está mais sozinha na cama. Ainda com os olhos fechados procura o calor do corpo alheio... um perfume intenso e querido toma-lhe os sentidos. Sabe reconhecer este sentimento. Procura mal respirar para que o momento possa se cristalizar, mas ela sabe que a graça está na efemeridade.



O dia começa entre frases sussurradas e sonhos compartilhados. Decidem respirar um pouco de realidade e um tapete branco de neve os acolhe. Os flocos caem sem parar, sem nem mesmo pedirem permissão aos pobres desavisados que estão na rua e os corpos sentem a mudança brusca de temperatura. Entretanto, quem os olha com aquela troca de olhares cúmplices e marotos sentem-se também aquecidos com a cena e as risadas de ambos que, a passos rápidos, andam juntos sem saberem muito o destino final.

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