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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Instante de dois

Eles já se olhavam há algum tempo. O calor dos corpos de ambos era palpável... o tempo que antes havia sido tão cruel agora não fazia mais parte deles. A cena era instigante: um silêncio profundo sentido apenas pela respiração acelerada dela. Lá fora a chuva caia mansa e fina. Ela pensava que enfim estavam lá, enfim estavam juntos. Toda a calmaria se explodiu de repente num jogo louco de braços e cabeças. Ele a apertava forte contra o colchão e a respiração se misturava a gemidos. Gemidos longos e doces. Um emaranhado de cabelos e a vontade de nunca mais sair dali. Ela o puxava para junto de si, para dentro dela com uma ânsia quase fatal. Beijos gulosos, mordidas que queriam levar tudo do outro. Tudo desaparecia e então só estavam os dois perdidos nesse alvoroço todo. As mãos firmes dele continuavam a apertar seus quadris. Ela era um misto de ternura e tesão. Derretia-se pelos seus braços. Era lindo ver essa dança dos corpos comandada pelos sons mínimos da situação. A explosão veio rápida, certeira. Um som agudo invadiu o quarto e um frisson percorreu os dois corpos. O ritmo foi diminuindo, eles voltaram a se olhar - como que para terem certeza de que ainda estavam ali, que ainda estavam juntos no mesmo propósito. Ela sorriu, ele retribuiu passando a mão pelo seu rosto.

4 comentários:

  1. vc está sob influência de referenciais teóricos alheios. digo.

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  2. resolveu publicar, pq?

    b.

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  3. O texto ganhou vida.Ganhou vida e mais sentido com os últimos acontecimentos.

    L.

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