Procurando

domingo, 1 de novembro de 2009

Sem título

A necessidade constante em nomear as coisas faz com que a gente esqueça de enxergar o que está aqui bem na frente do nosso nariz. Pensar em hipóteses, começar o discurso do "e se" só aumenta o sofrimento. E digo mais, a gente quer sofrer, a gente precisa disso para não nos sentirmos tão culpados diante de toda a felicidade récem-conquistada. Nos esquecemos entretanto de que de lágrimas nossos caminhos já estão marcados, de que não podemos ser incoerentes a este ponto, que precisamos parar de nos sabotar. A culpa faz parte do processo de adaptação, pois sempre nos disseram que ser feliz assim não era para todos. Só que agora, exatamente neste momento, é para nós! Talvez não seja para sempre e ainda bem que não, pois é aí que reside a graça. Acabamos sendo gulosos, comendo tudo até além do limite enquanto podemos fazer isso. No final podemos até passar mal por causa da ânsia de querer provar mais. Porém, se é para sermos extremistas, façamos dessa forma: amar sem pensar em regras, nomenclaturas ou punições.

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