Procurando

sábado, 29 de agosto de 2009

Abraços vazios

Eles estão se lixando uns para os outros. Não se conhecem nem de outros carnavais. Sorrisos, risadas, carícias: todos espontâneamente forçados pelo mecanicismo do processo. Já não se sabe fazer de outra forma. Só consigo observar, ficar calada e rir. Às vezes um choro pelos desamores e dessabores e no final esta noite em nada ajudou. Fez perceber que abraços vazios já não nos satisfazem mais. Seria arrogância minha dizer que te avisei? Porém, você precisa chegar ainda um pouco mais fundo no poço e saber que até os fingidores, um dia, deixam as máscaras cairem e provam das delícias do amor ou qualquer outro sentimento semelhante. Talvez soe prepotente todas essas minhas certezas, mas você sabe que eu não sei de nada e que tenho medos assim como todos. Entretanto fiz minhas escolhas e ao meu lado não há espaço para este monte concreto de nada. Isso sim é fácil renúnciar.

2 comentários:

  1. O monte concreto de nada é falso, mentiroso, é NADA. Portanto não pesa. A profissão dos fingidores é interessante. Eles se agregam a muitos, mas são pegos por poucos. Eu sou pego por vc.

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