E se eu saísse louca por aí, gritando para quem não quisesse ouvir que só o amor compensa, que só o amor constrói? Que eu entrasse no ônibus dizendo que poderia estar matando, estar roubando, mas que na verdade eu queria apenas um sorriso, que retribuíssem meu sorriso. E dizer a plenos pulmões que é preciso dizer “bom dia” uns aos outros, olhar nos olhos da pessoa que te volta o troco no supermercado, se importar com quem está por perto.
E se eu quisesse me sentir assim para sempre: a beira do precipício, mas tão perto do que busco. Acordando com a ansiedade do novo, da surpresa do novo dia, apesar de já pensar saber o que vai acontecer. E se eu não tivesse medos? Entretanto se eles surgissem que eu soubesse enfrentá-los. Que eu pudesse me emocionar com a beleza ordinária, com o levantar do sol e com as crianças brincando na rua. Com o barulho da cidade e suas vozes anônimas tão familiares. E se eu não me cansasse do clichê e fizesse tudo novamente numa versão minha, completamente original, remasteurizada, bem colorida.
E quando eu não conseguisse mais parar de sorrir, quando eu sentisse que não poderia mais suportar tanta vida dentro de mim eu choraria. Um choro gozoso, capaz de lavar a minha alma, capaz de me manter no caminho, capaz de fazer com que eu perceba que estou viva. E que sem amor eu não sou nada.
Puta merda! E dizem que somos duros e rígidos. Que não sabemos viver a vida, que tá tudo passando.
ResponderExcluirQq dia gravamos nosso reality show, tá bom?
Na verdade acho q já estamos sendo observados e julgados, mais "ce n'est pas de question!"
ResponderExcluirQue bonito Lara, e eu achando que vc era fria e insensível! aiuhiahaioahuia
ResponderExcluirbrincadeira!
Mas sério, adorei.
bjo